
A reunião aconteceu ontem sexta-feira, sem a presença das mulheres que fazem o protesto na frente dos batalhões. A negociação terminou sem reajuste salarial para a categoria, mas ficou acertado que o Governo vai desistir das ações judiciais contra as associações, e formar uma comissão para regulamentar carga horária dos policiais.
Participaram da mesa de negociação:
Governo
Eugênio Riccas - Secretário de Controle e Transparência
Julio Pompeu - Secretário de Direitos Humanos
José Carlos da Fonseca Júnior - Casa Civil
Paulo Roberto Ferreira - Secretário da Fazenda
Representantes das Associações
Rogério Fernandes Lima- Major da Polícia Militar, presidente da Assomes
Paulo Araújo de Oliveira - Capitão da Polícia Militar - Asses
Renato Martins Conceição - Sargento da Polícia Militar - ACS
Sérgio de Assis Lopes - Sargento dos Bombeiros Militares - ABMES
Durante a paralisação, foram registradas 127 homicídios, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol).
O Espírito Santo ficou sem policiamento porque protestos de familiares impediram a saída de policiais militares dos Batalhões e Quartéis do Estado. A onda de violência causada pela falta de polícia nas ruas durou sete dias e registrou 126 homicídios, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol).
Uma das manifestantes que ocupam a porta do Batalhão de Missões Especiais (BME), em Vitória, negou que o movimento tenha se encerrado após a reunião entre associações e Governo. Ela preferiu não se identificar na reportagem.Mulheres
“Eles não podem fechar um acordo sendo que o movimento é das mulheres. Não tinha nenhuma de nós lá. A reunião tem que ser passada por nós da comissão. O movimento continua, agora é que começam as negociações, porque conseguimos mobilizar representantes do Governo Federal”, disse, referindo-se à vinda do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o estado neste sábado (11).
“É mais uma mentira. As associações nunca estiveram com nosso movimento. Estamos reunidas agora discutindo isso. Mas para as esposas o movimento continua”, disse outra manifestante. A noiva de um policial militar disse que tudo não passa de uma “estratégia política para enfraquecer as mulheres”. “Soube que colocaram homens da Força Nacional para rodar com os carros da PM”, disse.
A Federação do Comércio atualizou os números do prejuízo com a crise. E, até esta sexta-feira, o prejuízo com o comércio fechado desde segunda-feira (6), chega a R$ 300 milhões. Mais de 300 lojas foram saqueadas no estado, sendo 200 só na Grande Vitória. O presidente da Federação, José Lino Sepulcri acredita que 20% das lojas abriram nesta sexta-feira na Grande Vitória (veja o que abre e fecha no ES nesta sexta).Roubos e prejuízos
Desde a saída dos PMs das ruas, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Vitória contabiliza mais de 170 veículos roubados. Só na segunda-feira (6), foram abertas mais de 200 ocorrências naquela delegacia.
Ontem sexta-feira, policiais civis do Espírito Santo participaram de uma megaoperação para recuperar carros que foram roubados e estão abandonados na região metropolitana. (G1)
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