Estudo premiado no XXV Seminário de Iniciação Científica do Museu
Paraense Emílio Goeldi aponta que a Ilha de Mosqueiro, principal espaço
praieiro para a maioria dos belenenses, possui alto grau de
vulnerabilidade associado ao derramamento de óleo. A Ilha não possui, no
entanto, alto grau de vulnerabilidade à inundação. As informações
constam do estudo “Índice de vulnerabilidade costeira aplicado a uma
ilha fluvio-estuarina – Ilha de Mosqueiro (Belém-PA)”, de autoria do
estudante de Engenharia Ambiental Yago Parente, orientado pelos geólogos
Amílcar Mendes e José Berredo Reis da Silva, pesquisadores do Programa
de Estudos Costeiros do Museu Goeldi.
O estudo de Yago foi um
dos três trabalhos premiados na sessão Ciências da Terra e Ecologia. O
trabalho teve por objetivo diagnosticar e estabelecer um prognóstico
sobre a vulnerabilidade costeira da Ilha de Mosqueiro, uma das quatro
dezenas de ilhas que fazem parte da Região Metropolitana de Belém. A 80
quilômetros de Belém, a ilha possui cerca de 20 quilômetros de linha de
costa, com destaque para o setor noroeste, onde se concentram as praias
estuarinas. Segundo o IBGE, a região possui 212 quilômetros quadrados de
área e uma população de 27 mil habitantes.
Foram utilizados dois
índices para definição da vulnerabilidade da ilha. O primeiro é o
Índice de Vulnerabilidade Costeira (IVC-Padrão), que leva em
consideração seis variáveis: geomorfologia, variação da linha de costa,
declividade, cenários de elevação do nível médio do mar, altura
significativa de ondas e amplitude de maré. O segundo índice utilizado é
o chamado Índice de Vulnerabilidade Costeira ao Derrame de Derivados de
Petróleo (IVC-DDP), que integra o índice de sensibilidade do litoral,
variação da linha de costa, infraestrutura urbana e vegetação.
“A
gestão costeira é um tema bastante relevante atualmente, pois a região
litorânea é considerada altamente suscetível a processos erosivos,
inundações e acidentes que envolvam o derrame de óleo e derivados. Ainda
mais em regiões inseridas em áreas de influência direta de instalações
portuárias, com tráfego de embarcações constante e intenso ou com zonas
de fundeio, como é o caso da Ilha de Mosqueiro”, explicou Yago Parente.
Na
zona costeira amazônica são encontrados os maiores bosques de
manguezais do País e onde deságua o rio Amazonas, responsável por 16% de
toda a água doce que chega aos oceanos. A área também abriga três
regiões metropolitanas em sua faixa litorânea – Belém (PA), Macapá (AP) e
São Luís (MA )O Liberal)
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