
No mês passado, a indústria liderou a criação de vagas e também houve contratação no comércio, serviços, agropecuária e construção civil. Ao apresentar os dados, o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira avaliou que o pior ficou para trás. “Com certeza, teremos números melhores em agosto. O Brasil não terá mais números negativos até novembro.”
Em busca de uma agenda positiva, o governo antecipou o indicador que normalmente é apresentado na segunda quinzena do mês. Com a pressa, alguns dados, como a leitura do emprego em 12 meses, não foram apresentados porque a base de dados não estava fechada. O número divulgado superou todas as previsões de economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam 5,5 mil empregos, e foi maior até que o cenário mais otimista que citava 30 mil novos postos.
Para o economista da consultoria Tendências Thiago Xavier, o principal aspecto positivo do resultado do Caged em julho é que a melhora se mostrou generalizada, com geração de emprego em todos os setores. “É um indício de que os primeiros efeitos do avanço da atividade econômica já aparecem no mercado de trabalho”, disse.
Em julho, a indústria contratou 12,59 mil trabalhadores e o comércio assinou a carteira de outros 10,15 mil. O último julho com contratação no varejo foi em 2014 e na indústria, 2013. Outros setores também geraram postos no mês passado: serviços (7,71 mil), agropecuária (7,05 mil) e construção civil (724). A contratação de novos empregados pelas construtoras é simbólica porque esse foi o primeiro resultado positivo após 33 meses seguidos de demissões.(ORM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário