
O
pagamento do 13º salário deve injetar quase R$ 4 bilhões na economia
paraense, segundo pesquisa do Dieese-PA (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada nesta quarta-feira (8).
O valor representa queda de 0,21% em relação ao montante pago no ano
passado. Cerca de dois milhões de paraenses terão direito ao benefício,
quase 2,9% do PIB (produto Interno Bruto) estadual.
Segundo o estudo do Dieese, a primeira parcela do 13º deve ser paga até o dia 30 de novembro, enquanto que a segunda até o dia 20 de dezembro. Pelos cálculos do Dieese, aproximadamente 1.958.483 pessoas no Pará devem ser beneficiadas pelo pagamento, sendo que 871.942 são beneficiários da previdência social, o que correspondente a 44,5% do total de beneficiados.
As outras 1.049.541 pessoas correspondem a 53,6% dos ocupados no setor formal da economia. Já os empregados domésticos com carteira assinada representam um total de 37 mil pessoas, correspondendo a 1,9% do total. O número total de pessoas beneficiadas pelo 13º este ano representa queda de 2,50% em relação ao ano passado.
No Pará, o valor médio a ser pago pelos trabalhadores foi estimado em R$ 1.879,21 pelo Dieese. Em termos de previdência, o valor médio será de aproximadamente R$ 1.409,81, já os beneficiários do INSS devem receber em média R$ 1.097,90, enquanto que os empregados do mercado formal devem receber R$ 2.557,95. Os trabalhadores domésticos, com carteira assinada, terão direito a R$ 1.038 em média.
Para chegar as estimativas, o Dieese cruz o número de pessoas atingidas com o total de volume que deverá entrar na economia. Os dados são calculados com informações do Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho.
Dicas
O Dieese aconselha a pagar dívidas e fugir dos juros altos com o pagamento do 13º. O órgão também orienta a poupar para pagar algumas dívidas do começo do ano, tais como férias, IPVA e material escolar. Vejas as dicas:
a) pagar todas as dividas pendentes;
b) se possível, comprar a vista;
c) separar uma parte (se for possível) e aplicá-la na caderneta de poupança.
"O acerto de dividas é fundamental, porque com os juros ainda elevados a tendência é de que os compromissos não pagos possam virar uma bola de neve. No Crediário os juros podem chegar a quase 100,00 % ao ano. Mas, os absurdos continuam a serem praticados pelos Bancos e cartões de Créditos.
No Cheque especial os Bancos estão cobrando juros que podem chegar a anualizados a mais de 300% dependendo do formato do credito. Já os juros dos Cartões de Credito seguem a mesma linha. Ao mesmo tempo os juros da taxa Selic (Banco Central) estão em 7,25%. Por isso é fundamental ter bastante cuidado com as rolagens de divida, quer sejam de crediário bancários ou cartões de credito", diz a pesquisa. (ORM)
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