
O
delegado Fausto Bulcão, que comandou os trabalhos de investigação,
explica que hoje foram cumpridos mandados de prisão temporária expedidos
pela justiça depois que a equipe conseguiu reunir provas e indícios
contundentes da participação de todos os suspeitos de integrar a
associação criminosa. "Fomos para cumprir seis mandados de prisão, mas
houve mais duas prisões em flagrante quando localizamos as armas da
quadrilha e drogas", explica.
As
seis pessoas com mandados de prisão decretados foram encaminhadas para
Belém hoje à tarde. Entre eles está um policial militar que trabalhava
na cidade onde ocorreu o roubo à agência. "As investigações revelam que
ele tinha relação com o bando.
Ele já era um suspeito. Mas a certeza de
sua participação ocorreu durante o roubo ao banco de Zé Doca (que
ocorreu essa semana na madrugada de quarta-feira para quinta-feira),
pois ele deixou cair ou esqueceu o carregador de sua arma dentro de um
dos carros abandonados", explica o delegado.
Ao
analisar a numeração do carregador da arma a polícia descobriu que era
patrimônio público e estava sob a tutela do PM suspeito de integrar o
bando.
Os acusados presos
são Tcharles Romão de Souza, Jean Eder Coelho da Costa, Rodrigo Medeiros
Alves, Wellington Bezerra Pereira, Gabriel Souza da Silva e o homem
considerado o líder do bando: Ednizio Santos da Cruz. Além de Phellipe
Carvalho Coimbra, policial militar do estado do Pará, que não foi
apresentado durante a entrevista coletiva à imprensa na tarde de hoje.
O
delegado Arthur Braga explica que Ednizio, conhecido como "Sorriso", é
um homem temido na cidade. Além do envolvimento no roubo ao banco ele
também é chefe do trafico de drogas. "Ele é a liderança da seara
criminal. A prisão dele trouxe alivio para a população", explica.
O
Delegado-Geral Rilmar Firmino explica que o modo de atuação do bando
levou a polícia a estabelecer a parceria com a polícia Civil do
Maranhão. Assim como o roubo feito em Capitão Poço, na modalidade vapor,
em que o quartel da cidade é o primeiro a ser tomado, enquanto a outra
parte do bando invadia a agência bancária, em Zé Doca - cidade do
interior do Maranhão - também foi invadida da mesma maneira.
Além disso,
o modo de explosão do cofre foi idêntico. Nos dois casos apenas a porta
foi danificada e o restante das agências permaneceu intacto.
Semelhanças que levaram a crer que se tratava da mesma quadrilha.
Em
Zé Doca o roubo ocorreu no último dia 4 de janeiro. O alvo foi o Banco
do Brasil. Ao todo dez homens armados invadiram a cidade. Segundo a
Polícia Civil, as prisões não põem fim nas investigações que têm o
objetivo de prender os demais membros do bando. (ORM)
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