A equipe da Redação Integrada de O Liberal
teve acesso exclusivo ao relato de uma das alunas que sofreram abusos
durante o trote dos calouros na Universidade Federal Rural da Amazônia
de junho de 2017. Esse episódio não faz parte das denúncias mais
recentes envolvendo alunos da UFRA, e que são apuradas pela Polícia
Civil - que investiga cinco envolvidos em ameaças, apologia ao estupro,
calúnias, racismo, homofobia e difamação, em mensagens partilhadas em
grupo criado na rede WhatsApp, em junho de 2018. Ao todo, 15 alunas da
universidade são vítimas das mensagens que vazaram na web no final de
julho passado. Doze prestaram queixas à Polícia Civil.
O
trote violento, praticado no ano passado por veteranos da universidade
contra alunas, foi arquivado pela universidade após uma discreta
investigação interna. O caso não ultrapassou os muros da instituição e
não ganhou notoriedade. Nenhum acusado foi punido e nenhuma medida
disciplinar foi tomada pela Ufra. Tampouco, nenhuma ocorrência foi
levada à polícia sobre o fato.
Frente
aos novos episódios envolvendo denúncias contra estudantes da
universidade, a condução dessa investigação interna da UFRA começou
também a ser questionada por alunas da instituição. Ao todo, 12 calouras
declararam terem sido molestadas sexualmente no trote da trilha
ecológica em 2017 - um crime que é tipificado por juristas como estupro.
Abaixo é possível conferir também entrevista do reitor Marcel Botelho, cedida ao O LIBERAL, comentando os dois episódios. Botelho assumiu a administração da instituição em agosto passado - e cumpre gestão até 2021. (O Liberal)
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