Produtores
de farinha “Piracuí”, típica da região oeste paraense, podem contar
agora com uma nova ferramenta de incentivo à produção. A Agência de
Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) regulamentou a atividade
por meio da portaria nº 3.250. Com a publicação do documento, os
pequenos produtores passarão a ter seus empreendimentos regularizados
dentro das normas sanitárias exigidas em lei e poderão comercializar a
farinha de Piracuí para todo o Estado.
O estudo para regulamentação da atividade foi realizado este ano em
conjunto com a Universidade Federal do Pará (UFPA). “A portaria
normatiza a produção do Piracuí, gerando um padrão de produção e
garantindo mais segurança aos produtores. A ideia é que a partir de
agora todos os produtores de farinha de Piracuí, saiam da ilegalidade e
comecem a integrar a economia formal da região. Para isso, a Adepará vai
orientá-los, incentivando a certificação dessas atividades”, explica
Luiz Pinto, diretor geral da Adepará.
A regulamentação dessa produção atinge diretamente a economia da
região expandido cada vez mais a cadeia produtiva. “Não se pode falar em
desenvolvimento sem falar em formalização de atividades econômicas. A
partir do momento que tiramos esses produtores da informalidade e
legalizamos os processos de produção, todos saem ganhando”, completa
Luiz.
regulamentação vai agregar valor à produção dos trabalhadores da
região. “Eu procurei a Adepará para a certificação dessa produção e fui
atendida. Essa regulamentação vai gerar renda para muitos ribeirinhos e
pequenos produtores, pois a região tem uma larga produção de Piracuí,
inclusive para subsistência dessas famílias”, destaca.
e expandir a comercialização para o restante do Estado.
“Sabemos que o consumidor de hoje em dia busca produto de qualidade e
com um selo que comprove isso. Com essa certificação, ganha o produtor,
que passa a trabalhar com mais segurança e o consumidor, que começa a
receber um produto dentro das exigências da lei”, ressalta.
Produção
A produção da farinha do Piracuí é feita do peixe conhecido como
Acari, espécie abundante na região oeste do Estado. Dentre as regras
sanitárias presentes na portaria, está o cuidado desde o recebimento do
Acari, passando pela lavagem adequada do pescado, seguindo para o
cozimento do peixe, descamação, desfio da carne até a embalagem do
produto. No período de safra, que vai de setembro a janeiro, chega-se a
produzir três toneladas, com o quilo sendo vendido entre R$15 e R$20.
Para mais informações sobre o processo de regulamentação da produção
artesanal de farinha de Piracuí, os produtores devem procurar os
escritórios da Adepará, situados nos diversos municípios da região. (Inara Soares)
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