As
distrofias musculares fazem parte de um grupo de doenças
neuromusculares recorrente em muitas crianças. Segundo dados da
Associação Paulista de Distrofia Muscular, a chamada Distrofia Muscular
de Duchenne (DMD) (a mais frequente) é a doença genética mais comum e
severa, com incidência de 1 para 3.500 nascimentos, principalmente do
sexo masculino. Ela faz parte de um grupo de doenças que já é tratada no
Pará, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR).
A neuropediatra do CIIR, Regina Célia explica como essa doença
ocorre. “As distrofias musculares são um grupo heterogêneo de patologias
genéticas, caracterizadas pela degeneração progressiva do tecido
muscular.
Há vários tipos dessa doença, a variação ocorre de acordo com o
início das manifestações clínicas, dependendo de idade, evolução, sexo
acometido e o comprometimento de outros sistemas como o cardíaco”,
detalha. A médica ressalta ainda, que as principais manifestações
clínicas ocorrem entre dois a três anos de idade.
Primeiros sinais - Segundo a especialista, os
primeiros sinais da doença são “o atraso na capacidade de
caminhar/falar, quedas frequentes, fraqueza muscular, dificuldade de
locomoção em terrenos com desnível (como rampas e escadas), além de
correr e pular”. As distrofias são doenças genéticas de herança
recessiva, que afetam primariamente os músculos esquelético e cardíaco.
Tratamento – Segundo a neuropediatra, a DMD não
possui um tratamento específico. “Os medicamentos mais utilizados são os
corticosteroides (deflazacort), com o objetivo de retardar a perda da
função do músculo, associada à fisioterapia, com exercícios e atividades
suaves para prevenir e minimizar contraturas e deformidades”, afirma.
A médica destaca ainda, que há uma grande variabilidade clínica e
genética da doença, e o acometimento estende-se desde a fase neonatal
até a idade adulta. “O tratamento ideal envolve uma equipe
multidisciplinar e o aconselhamento genético”, conclui.
É para problemas como esse que o CIIR oferece assistência
especializada. O Centro conta com serviços especializados e humanizados,
na área visual, auditiva, física, intelectual, ostomia, mobilidade
reduzida e múltiplas deficiências, além do atendimento na área
odontológica especial, entre outros.
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contam com atendimento
ambulatorial em anestesiologia, clínica médica, cardiologia, fisiatria,
genética, neurologia adulto e infantil, oftalmologia, ortopedia,
otorrinolaringologia, urologia, procto gastroenterologia, psiquiatria,
odontologia, endodontia, periodontia, fisioterapia, terapia
ocupacional, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, nutrição,
pedagogia, psicologia, sociologia e educação física.
Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) funcionará na Rodovia Arthur Bernardes, 1000. (Thainá Dias)
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