Uma
pequena propriedade rural de Monte Alegre, no Baixo Amazonas, é modelo
de diversificação e renda. Atendidos há 15 anos pelo escritório local da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
(Emater), Leila Cabral e Rosinaldo Fraia, com a ajuda dos quatro filhos,
transformaram a Fazenda Fraia, de três hectares, localizada na
comunidade Terra Preta das Três Bocas, em um sistema eficaz que
consorcia hortaliças agroecológicas, plantas medicinais, plantas
ornamentais e roça de mandioca.
Atualmente, a família, além de vender os produtos beneficiados e in
natura diretamente em feiras semanais nos municípios, também possui
contratos com a Prefeitura para fornecimento de merenda escolar, com o
intermédio da Emater.
“Nossos avós eram agricultores, nossos pais eram agricultores; sempre
vivemos com muita dificuldade e esforço, mas hoje, tudo melhorou e
podemos dizer com orgulho e segurança que ser agricultor é não só uma
herança, mas também nossa contribuição para o desenvolvimento
sustentável”, diz Rosinaldo Fraia.
Na questão da sucessão familiar, os
filhos do casal continuam estudando, mas não pretendem abandonar os
negócios da família: “Existe um envolvimento geral, aqui todo mundo se
ajuda”, explica Fraia.
De acordo com o técnico em agropecuária da Emater Antônio Targino
Júnior, o acesso à tecnologia, o acompanhamento técnico regular e o
crédito rural, por exemplo, fazem toda a diferença para a perspectiva da
propriedade : “A família Fraia tem um crédito Pronaf [Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar].
Mais Alimentos para hortas,
são 30 canteiros só de hortaliças: alface, cheiro-verde, couve etc. Mais
a mandioca, da qual fazem farinha d’água, farinha de tapioca, carimã,
pé-de-moleque de mandioca [um tipo especial, regional] e beiju.
Das
plantas medicinas, fabricam xaropes e pílulas. Isso repercute na
segurança alimentar, na saúde e na geração de renda”, resume. (Aline Miranda)
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