
E.K.S., de 10 anos, e L.G.S., de oito, estão matriculados na Escola Brigadeiro Eduardo Gomes. Ambos sofrem de uma doença neurológica congênita, que acarreta problemas no funcionamento dos nervos, mas que não impede o aprendizado. As duas crianças “moram” no Hospital desde o primeiro ano de vida. “É ótimo para o desenvolvimento dele. Não é porque sou a mãe, mas ele é muito inteligente. O trabalho que a professora faz é muito bom, perfeito. Nas férias, ele sente muita falta dela, porque ele quer conversar, brincar e eu não tenho a paciência que a professora tem”, conta a mãe do menino de oito anos, Eliana da Silva.
Outro projeto voltado para a escolarização hospitalar é o “ABC Brincando no HRBA”, que proporciona um processo educacional como forma de incluir e permitir que as crianças em tratamento possam ter atividades condizentes com suas necessidades. O projeto - implantado em 2013, em parceria com o Instituto Esperança de Ensino Superior (Iespes) - atende em média até seis crianças por dia. Todos os dias têm atividades práticas.
*Classe Hospitalar no Oncológico e no Metropolitano*
Outra Unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém (PA), também realiza atividades educacionais. As crianças e adolescentes atendidos pela instituição participam da “Classe Hospitalar”, que garante aos pacientes a continuidade no ensino, de forma que eles não percam o ano escolar em virtude do tratamento médico. As aulas ocorrem todos os dias, de segunda a sexta-feira.
A acadêmica do curso de Letras, Marcela Solange, é uma das professoras do Programa. Para ela, a experiência é única. “Quando passei para o estágio, jamais imaginei que pudesse vir para um hospital. É o início de um trabalho que tem sido rico, porque é muito interessante perceber como a rotina escolar, de sala de aula e estudos, está inserida no tratamento, proporcionando que essas crianças continuem a vida, independente da doença”, afirma.
No Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), os pacientes também são atendidos pela “Classe Hospitalar”. Para comemorar o Dia do Professor (15/10), professores do programa participaram de comemoração especial em homenagem à data. “Avalio que é uma oportunidade de continuidade do aprendizado da criança que interrompe involuntariamente o aprendizado por motivos de saúde.
Os
professores transmitem os ensinamentos em leito ou em sala. De maneira
lúdica e pedagógica, para que quando eles voltarem para a sociedade não
serem prejudicados”, explica a coordenadora de Humanização da HMUE,
Arlene Pessoa.
Governo do Pará
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