
A partida
Gol aos 7' - Aos
sete minutos, lance individual de um dos melhores jogadores do Papão na
partida: o lateral-esquerdo Guilherme Santos. Ele avançou, passou por
um marcador e cruzou. Hugo Almeida fez o papel de pivô e rolou a bola
para o atacante Magno. Ele bateu cruzado, forte e o goleiro Tadeu não
evitou o gol. A curiosidade ficou por conta da comemoração de João
Brigatti. Aparentemente tenso, o treinador fez o sinal da cruz e pouco
celebrou. Parecia prever o que o restante do jogo reservava.
Aí não dá! - O
Paysandu continuou atuando em uma escala de bom para razoável. Esperou o
Oeste, de fato. No sistema defensivo, jogou com seriedade. O Papão
atacava com agressividade e velocidade. As jogadas mais produtivas saíam
dos pés dos dois laterais e as oportunidades apareceram. Aos 15
minutos, Hugo Almeida perdeu um gol digno de "Inacreditável Futebol
Clube". Maicon Silva cruzou perfeitamente e o centroavante, próximo da
pequena área, bateu por cima. Hugo ainda desperdiçaria outra chance
depois de Tadeu parar um chute cruzado. O zagueiro Diego Ivo também
finalizou com uma jogada aérea e a bola raspou a trave.
Depois dos 30' - Diante
do equilíbrio da Série B, é incoerente imaginar que o adversário não
teria bons momentos. O Oeste evoluiu a ponto de criar duas chances de
gol, ambas paradas pelo goleiro Renan Rocha. Herói de outrora, Renan
carregou a fama de vilão. Tentou tocar uma bola, errou e obrigou Perema a
fazer uma falta na entrada da área. O silêncio da Curuzu demonstrava
nitidamente o nervosismo, apesar da então atuação segura bicolor. Era um
sinal. O lance de bola parada foi concluído pelo zagueiro Patrick que
chutou, de forma precisa, no canto esquerdo. 1 a 1.
Etapa final - Brigatti não pode ser acusado de negligência.
Colocou o meia Pedro Carmona para tentar ter 'vida inteligente' no setor
de meio-campo e amenizar a dependência exagerada dos dois laterais.
Carmona entrou no lugar de Willyam que não sabe se marca, ataca e pouco
ou nada acrescenta. O inimigo, além do Oeste, também era o nervosismo.
Os jogadores passaram a desperdiçar bolas aparentemente fáceis. A perna
parecia pesar.
Estratégia adversária - O rubro-negro
paulista, por sua vez, resolveu posicionar os 11 jogadores no campo de
defesa. Diminuiu os espaços. Era preciso lances individuais ou jogadas
de bola parada. Nando Carandina avançou, assim como Renato Augusto, que
cabaceou bola à queima roupa e Tadeu rebateu. Dava impressão de uma
tática suicida, desesperada. Mas, era a única alternativa viável.
Três gols em sete minutos - O
excesso de passes no meio de campo se tornou um entrave. Podia ser
entendido como excesso da boa paciência. E foi. De novo, excelente lance
individual de Maicon Silva. Ele passou pelo marcador, na base da
velocidade e cruzou para Pedro Carmona concluir forte e marcar o segundo
gol bicolor. Quatro minutos depois, porém, Leonardo driblou Perema e
bateu para igualar o marcador. Aos 34, Pedro Carmona recuou, trabalhou a
bola e lançou na pequena área. O goleiro não saiu e Magno cabeceou de
forma fulminante.
Emoção - Quando tudo parecia encaminhar
para a vitória por 3 a 2, até considerando a expulsão do rubro-negro
Marciel, uma bola despretensiosa terminou com o gol de Raphael Luz, aos
41 minutos, que igualou o marcador aproveitando falha incrível na zaga
bicolor. O Paysandu se lançou na frente e levou um novo gol, anulado por
impedimento.
A atitude bicolor merecia o gol salvador, que saiu aos 47
minutos, marcado por Diego Ivo (aquele que disse que não podia mais ir nem ao supermercado por conta das cobranças do torcedor). Lágrimas de jogadores, sinal da cruz do treinador e muita emoção com o apito final na Curuzu.
Ficha Técnica
Paysandu - Renan Rocha, Maicon Silva,
Diego Ivo, Perema e Guilherme Santos; Renato Augusto, Nando Carandina
(Matheus Silva) e Willyam (Pedro Carmona); Magno, Mike e Hugo Almeida
(Lúcio Flávio). Técnico: João Brigatti
Oeste - Tadeu, Adriano
Alves, Joilson, Patrick e Conrado (Pedrinho); Lídio, Rodrigo Souza,
Wallace Bonilha (Bruno Lopes) e Marciel; Leonardo e Felipe (Raphael
Luz). Técnico Roberto Cavalo
Local: Estádio Curuzu
Cartões amarelos: Perema (PSC)
Cartões vermelhos: Marciel
Público: 5.453 (Total)
Renda: R$69.145,00
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
ORM
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