Iniciativa
tem engajado famílias no campo e vem contribuindo com a reabilitação de
áreas degradadas, conservação ambiental e geração de renda.
Desenvolvido pelas organizações governamentais WRI Brasil e Preta Terra, em parceria com a
Alcoa Foundation, 23 famílias de pequenos produtores das comunidades de
Santa Maria do Curumucuri e Mamuru, em Juruti, estão
experimentando o método dos sistemas agroflorestais e aprendendo a
conciliar a produção agrícola com as riquezas da floresta. O método se
baseia em plantio que evita a queima da floresta e permite
conservação do solo, produção diversificada e sustentável.
Os
Sistemas Agroflorestais são uma forma de uso do solo que combina em uma
mesma área e em um determinado tempo, o cultivo de espécies arbóreas,
frutíferas, madeireiras e ainda a produção de animais. Em Juruti,
desenhos
de modelos agroflorestais estão sendo utilizados como base junto aos
produtores com três diferentes focos: mandioca, frutas e gado. As
espécies nativas também são utilizadas na composição do modelo, como
paricá, cumaru, taperebá, pau-rosa e outras.
“Meu
objetivo é mostrar para as pessoas que dá para produzir sem desmatar.
Queremos levar esse trabalho para outros agricultores, mostrar para eles
que é possível”, relata a produtora rural Fátima de Melo Lira, que
teve uma unidade demonstrativa de pasto e floresta implantado em 1/4 de
hectare da sua propriedade.
SAF’s na Amazônia -
O projeto apoiou a implantação de 23 unidades demonstrativas de SAFs,
um por família, totalizando área de 10 hectares distribuídos nas duas
comunidades. Também foi promovido um workshop sobre resultados
preliminares do modelo agroflorestal testado e um debate sobre a
viabilidade dos SAFs na Amazônia, contando com a presença de
representantes da Alcoa, secretarias municipais, organizações civis
e comunitários.
“Em
Juruti, esta iniciativa traz aos produtores uma visão ampla de produção
diversificada, fortalecendo a vocação agrícola e de uso da floresta
pelas comunidades. Esta é uma das iniciativas da Alcoa com foco no
futuro
e na sustentabilidade de Juruti, indo além dos benefícios diretos da
mineração”, destaca Rogério Ribas, Gerente de Relações Institucionais da
Alcoa Juruti. A Alcoa Foundation apoia iniciativas de contribuição às
questões das mudanças climáticas e conservação
da biodiversidade no mundo todo.
“Com
apoio da Alcoa Foundation, estamos fortalecendo as comunidades e
combatendo as mudanças climáticas, enfatizando a importância da mulher
no espaço rural. Através dos SAFs, vamos diversificar as espécies
plantadas,
saindo da predominância da agricultura da mandioca, para incluir
árvores com usos múltiplos e alimentos saudáveis no menu do produtor.
Além de recuperar áreas degradadas e abandonar a prática da queima,
queremos melhorar a qualidade e diversidade de bens produzidos,
contribuindo para um novo modelo de uso da terra”, destaca Rachel
Biderman, diretora executiva do WRI Brasil.
Com a
implantação dos SAFs foi encerrada a segunda fase do projeto, que
incluiu a produção de mudas, o plantio de árvores e a capacitação de
produtores. Na etapa anterior foram realizados o diagnóstico e a
articulação
das famílias. A partir de agora, o projeto entra em nova fase, e os
SAFs implantados serão monitorados com o apoio dos próprios produtores. A
expectativa é que em seis meses as primeiras árvores já estejam
produzindo frutos. (José Ibanês - AMG Comunicação)
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