
"As mulheres vem às ruas, hoje, para fazer várias denúncias,
principalmente em relação ao aumento do feminicídio, porque se nós somos
o quinto país que mais mata mulheres por feminicídio, com a atual
conjuntura e liberação das armas, podemos passar a ser o primeiro"
destaca, acrescentando que, além disso, "estamos na rua também para
dizer não à reforma da previdência, por que como pode querer aumentar a
idade de aposentadoria para as mulheres se temos duplas, triplas
jornadas?!".
Nilde ainda afirma que a manifestação está aliada também às causas
das populações indígenas e povos quilombolas, ao movimento de oposição
às barragens, assim como à política do agronegócio. "Trouxemos à
população alimentação saudável, feita pelos trabalhadores rurais, que
não usa agrotóxico e essa é uma forma de resistir" disse.
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A Defensoria Pública (DP) também se faz presente no ato por meio do
Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher (Naem) e pelo Núcleo de
Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh). Daiane Santos, defensora e atual
coordenadora do Naem, explica que "a DP participa e luta todos os dias
pela igualdade de direitos e participa diuturnamente da luta contra a
violência contra a mulher".
"O ato tem como principal bandeira a luta contra a violência e nós
estamos aqui para garantir a participação da sociedade civil de maneira
pacífica e poder, caso seja necessário, fazer qualquer complemento
jurídico do movimento" conclui. (Tainá Cavalcante)
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