
A estudante de direito Lívia Vale, de 18 anos, também é uma das
representantes do Pará na Seleção Brasileira de Karatê da JKA. Com 10
anos de prática, a atleta faixa preta é pentacampeã brasileira pela JKA,
além de ter subido aos pódios do campeonato sul-americano
e pan-americano da modalidade. Apesar das importantes conquistas, ela
afirma que o fato de uma mulher praticar artes marciais ainda causa
espanto em algumas pessoas.
“Acho que ainda é um espaço em que a
predominância de homens é muito maior, apesar do número
de mulheres estar crescendo. Até a reação das pessoas é de surpresa
quando eu digo que faço caratê. Muita gente ainda enxerga como um
esporte masculino e acham que a mulher deveria fazer atividade delicada,
que não tenha luta”, conta.
Para ela, espaços de treinamento que tratem com igualdade
homens e mulheres são importantes para quebrar estereótipos e formar uma
nova consciência entre os praticantes do caratê. “Na Academia Machida,
onde treino, sempre me incentivaram e me colocaram
como equivalente aos demais.
Não há diferença e nós lutamos com os
homens em pé de igualdade”. Para este ano, Lívia está treinando para o
Campeonato Pan-Americano de Karatê-Do Tradicional, que ocorrerá em
agosto, na Colômbia. No futuro, a meta da atleta é
chegar ao pódio em campeonatos mundiais. “Eu pretendo continuar no
caratê até ficar bem velhinha, até quando der”, afirma.
Jobson Marinho
Analista |Temple
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