
No Brasil, além do recolhimento de lotes de medicamentos, as ações da
Anvisa incluem a suspensão da fabricação, importação, distribuição,
comercialização e uso dos insumos farmacêuticos ativos com suspeita de
contaminação. No total, foram efetuadas 14 suspensões de três insumos
(losartana, valsartana e irbesartana) de dez fabricantes internacionais.
Também foi determinada a fiscalização de todas as empresas
fabricantes de medicamentos contendo “sartanas” disponíveis no mercado
brasileiro. Até o momento, foram avaliadas 29 empresas e 111
medicamentos comercializados em 2018. Com relação ao recolhimento, ao
todo os lotes recolhidos já somam aproximadamente 200.
“É importante notar que essa é uma ação conjunta, que envolve
esforços da Anvisa e de todos os fabricantes dos medicamentos, que estão
ajudando a detectar quais são os lotes afetados pelo problema e
voluntariamente recolhendo os produtos do mercado”, informa o gerente
geral da área de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) da Agência,
Ronaldo Gomes.
Para o consumidor, a Anvisa preparou uma lista com os números de
lotes dos medicamentos que devem ser recolhidos, que pode ser
rapidamente consultada. Basta verificar o número do lote que consta na
caixa do medicamento e conferir aqui.
Baixo risco
Embora o risco seja muito pequeno, estudos apontam que as
nitrosaminas têm potencial ou provável risco de causar câncer caso os
medicamentos sejam consumidos todos os dias, em sua dose máxima, durante
cinco anos seguidos.
Tratamento
Para quem tem em casa o medicamento com o mesmo número de algum lote
recolhido, a Agência orienta que o tratamento de hipertensão não seja
interrompido até que se faça a troca por outro medicamento. Isso porque a
interrupção pode causar sérios prejuízos imediatos, como risco de morte
por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal.
De acordo com a Anvisa, existem diversas alternativas medicamentosas
para terapias de pressão alta e, por isso, não há risco de
desabastecimento ou falta de medicamentos. Ou seja, há no mercado
brasileiro medicamentos da mesma classe terapêutica e com os mesmos
princípios ativos e concentração.
A troca do medicamento deve ser feita mediante orientação de um
médico ou de um farmacêutico. O cidadão também pode entrar em contato
com a empresa, por meio do serviço de atendimento ao consumidor, e
solicitar a troca do seu medicamento que consta na lista de lote
recolhido.
(Com informações da Anvisa)
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