" É novidade para mim. Acredito que muita gente não sabe e aí, quando
chegar na hora, pode ser constrangedor, de repente, pela falta de
dinheiro para a bagagem extra”, disse a assistente administrativa de uma
empresa particular, de Belém, Ingrid Daiane Costa Silva, antes de
seguir para Fortaleza, referindo-se ao despacho obrigatório dos volumes
superiores ao autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
atendendo pedido da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Em meados de abril, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas
(Abear), sob a justificativa de agilizar o fluxo dos clientes nas áreas
de embarque e evitar atrasos, anunciou a obrigatoriedade de tamanho
padrão de malas de mão para as aeronaves. A entidade deu um prazo para
somente orientação dos passageiros.
O total de 15 aeroportos participaram da fase de implementação, ou
seja, do período de orientação, com os respectivos passageiros sendo
apenas aconselhados a observar as novas medidas para as bagagens de mão.
Esse período para o Aeroporto de Val-de-Cans seguiu até o feriado do
Dia do Trabalhador, 1º, e nesta terça-feira, a obrigatoriedade passou a
ser adotada.
Surpresa
Alguns passageiros souberam da nova medida pela reportagem, como o
casal Ingrid Daiane Silva e o marido Rafael de Souza Rocha, assistente
do setor de qualidade de uma empresa de logística. Os dois trataram de
comparar suas malas com a caixa padrão que a Anac distribuiu no salão
térreo do Aeroporto. “No ‘olhômetro’ deu”, afirmou Rafael Rocha, após
aproximar sua mala da citada caixa.
“Então agora a gente tem de se preocupar com isso; mais uma coisa
para o passageiro, e se a pessoa não tiver dinheiro, isso está errado”,
enfatizou Ingrid Daiane, dizendo que ia se informar no balcão da
companhia aérea para checar se tudo estava certo com o tamanho da mala
do casal.
A Abear diz que pediu a fiscalização com rigor porque desde o início
da cobrança do despacho das bagagens, em julho de 2017, os passageiros
começaram a levar para dentro das aeronaves volumes em tamanhos
desmedidos, provocando despachos de última hora, causando transtornos no
embarque e desembarque dos voos, em geral. A aposentada Isabel Costa
concorda com a Associação. A justificativa para cobrar pelas malas era
de que o valor das passagens diminuiria.
“Em minha opinião é correto, porque tem pessoas que exageram; eu já
vi gente com dificuldade de encaixar volumes, e isso gera confusão,
pessoas que perdem a mão e levam malas que não cabem, o que já vem
acontecendo faz tempo. Acho que as empresas têm razão de adotar essa
fiscalização”, disse Isabel Costa, que viajaria a passeio para
Fortaleza, com filhos, neto e nora. “Vamos fazer um passeiozinho de
cinco dias em Fortaleza”, contou ela. (O Liberal)
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