
No
pré-natal é obrigatório por Lei que toda gestante faça o teste de HIV
logo nas primeiras consultas. Mesmo diante dessa exigência, existem
muitas que não fazem ou, se
fazem, preferem negar o resultado. Por esse motivo, o teste é realizado
impreterivelmente com todas as pacientes que chegam até a triagem da
obstetrícia. “É muito importante nós detectarmos a doença antes do
parto”, destacou a supervisora do setor, Rúbidia
Lima.
O
fluxo que a equipe do HMS segue nos casos de exame positivo obedece a
um protocolo estabelecido pelo Projeto Nascer. “A equipe de enfermagem
comunica o médico e ele solicita
um exame confirmatório; logo em seguida comunicamos o Centro de
Testagem e Aconselhamento (CTA). A partir daí o parto é feito de acordo
com o protocolo”, explica.
Nos
casos em que a gestante já sabe o resultado desde o início da gravidez e
informa a Unidade, o atendimento adequado é feito de imediato, dando o
devido manejo e cuidados
para a mãe e o bebê.
Segundo
o Ministério da Saúde, a mulher soropositiva (portadora do HIV) que não
recebe o tratamento adequado durante a gestação tem 25% de chance de
transmitir o vírus durante
a gravidez ou parto. Quando ela segue as recomendações do médico e
ingere os remédios, as chances caem para menos de 1%. Por isso o
acompanhamento durante a gravidez é muito importante.
Cuidados para evitar a contaminação
O ginecologista obstétrico Jean Guimarães explica que, em geral, o
tipo de parto mais indicado para
a mulher com HIV é a cesárea eletiva. Ela deve ser feita cerca de dez
dias antes da data prevista para o trabalho de parto.
Caso haja contração, o risco é maior. Isso ocorre porque o bombeamento
de sangue entre a placenta e o bebê aumenta, o que pode estimular a
circulação do vírus. “A ideia é que o bebê entre em contato o menos
possível com o sangue e as secreções da mãe.”, disse.
Ele
ressalta também que o parto pode acontecer normal, quando a carga viral
seja indetectável. A mulher recebe o antirretroviral injetável durante o
parto. No caso da cesárea
eletiva, ele é administrado a partir de quatro horas antes do parto até
o nascimento.
Além
disso, o bebê toma um xarope de antirretroviral desde o nascimento até a
sexta semana de vida. “A mãe recebe medicação para inibição da lactação
e o Ministério da Saúde
fornece fórmula láctea infantil ao recém-nascido”, finalizou o médico
obstetra.
Natashia Santana - Assessora de Comunicação
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