
Em anos mais quentes, como
neste, 2019, elas ocorrem com maior frequência. De todo modo, mesmo que
as queimadas deste ano não estejam fora da média dos últimos 15 anos,
não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo. Vamos atuar
fortemente para controlar os incêndios na Amazônia", disse o presidente.
O pronunciamento durou pouco mais de 4 minutos.
Bolsonaro disse que seu governo tem compromisso no combate à
criminalidade, inclusive na área ambiental, e destacou o apoio oferecido
aos estados da Amazônia Legal. "Somos um governo com tolerância zero
contra a criminalidade, e na área ambiental não será diferente.
Por essa
razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com
relação àqueles que a aceitarem, autorizarei operação de garantia da lei
e da ordem, uma verdadeira GLO [Garantia de Lei e da Ordem] ambiental. O
emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas,
auxiliares e outras agências, permitirá não apenas combater as
atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na
região".
O decreto de GLO, que autoriza o uso das forças armadas, vale para
áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de
conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. Os governadores
de Roraima e Rondônia foram os primeiros a solicitar ação dos militares
federais em seus territórios.
Preservação
No pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que o problema precisa ser
tratado com "serenidade" e voltou a criticar manifestações dentro e fora
do Brasil que, segundo ele, espalharam informações infundadas.
"Espalhar dados e mensagens infundadas, dentro e fora do Brasil, não
contribui para resolver o problema e se prestam apenas ao uso político e
à desinformação".
"O Brasil é exemplo de sustentabilidade. Conserva mais de 60% de sua
vegetação nativa, possui uma lei ambiental moderna, um Código Florestal
que deveria servir de modelo para o mundo. Temos uma matriz energética
limpa, renovável e com ela estamos dando grande contribuição ao planeta.
Diversos países desenvolvidos, por outro lado, ainda não conseguiram
avançar com seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris", acrescentou
o presidente.
Bolsonaro concluiu sua fala dizendo-se aberto ao diálogo, "com base
no respeito, na verdade, e cientes da nossa soberania". Ele disse ainda
que outros países ofereceram ajuda ao Brasil para combater as queimadas e
que vão reforçar a posição brasileira na reunião do G7, marcado para
este final de semana, na França, e que deve discutir os incêndios
florestais na Amazônia, entre outros temas. O G7 é formado por EUA,
Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão.
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