
Na decisão proferida nesta quarta, 28, a magistrada também determinou
a realização de buscas em endereços ligados aos investigados,
autorizando a apreensão de celulares e acesso a conversas e dados dos
aparelhos. As buscas foram cumpridas na quinta, 29.
Tainá indicou que a decretação das prisões era necessária para
garantir a ordem pública e assegurar a instrução criminal. Ela anotou:
"Os representados integram associação criminosa que destruiu área
ambiental cuja notoriedade já tomou repercussão nacional".
Ao decretar as prisões dos fazendeiros, a juíza considerou ainda a
gravidade da conduta dos fazendeiros, tanto pelo tamanho e diversidade
da área desmatada como pela recorrência da atividade predatória e pelo
prejuízo ocasionado à sociedade.
"O feito aponta, por ora, ousadia e persistência na atividade
criminosa por parte dos representados que, ao que apontam os indícios,
promoveram danos em unidade conservação ambiental, inclusive, por meio
de queimadas, de modo reiterado e organizado, perpetrados em inúmeras
ocasiões", destacou a juíza.
Segundo a decisão, Geraldo Daniel de Oliveira e José Brasil de
Oliveira já possuem outras passagens pela Justiça Criminal paraense. O
primeiro já respondeu pelo menos outras quatro ações por crime
ambiental.
A representação policial enviada à Justiça contou com imagens que
demonstravam o 'desmatamento indiscriminado de uma área de 5.574
hectares', além de oitivas com pessoas que atestaram a ocorrência dos
crimes ambientais.
Segundo a juíza, alguns depoimentos indicaram que Geraldo Daniel de
Oliveira, apontado como líder do grupo, contratava indivíduos para a
realização das queimadas. Segundo o diretor de Polícia do Interior da
Polícia Civil do Pará, delegado José Humberto Melo, mais de 50 homens
podem ter sido contratados para derrubar 20 mil hectares na fazenda Ouro
Verde.
A representação também apresentou relato de um fiscal ambiental da
Secretaria de Meio Ambiente Estadual. O funcionário público disse que
quando estava realizando seu trabalho no local foi ameaçado por pessoas
em motocicletas, supostamente a mando de Geraldo Daniel de Oliveira.(Agência Estado)
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